Estudos contrariam a percepção predominante de que o álcool pode ser “cardioprotetor”, sugerindo que mesmo consumo moderado tem efeitos nocivos ao coração.
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A fibrilação atrial (FA) é o tipo mais comum de arritmia cardíaca. Ela é caracterizada pela completa desorganização da atividade elétrica dos átrios (câmaras superiores do coração) e consequente perda da contração atrial.
Sendo a segunda maior causa de mortes em tudo mundo, a FA está associada ao AVC (derrame) em pacientes com fatores de risco (idosos, coração dilatado, pressão alta, diabetes, etc.) a ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca (coração fraco).
Já é de conhecimento que o consumo de grandes quantidades de álcool em um curto período de tempo pode desencadear a fibrilação atrial (FA). Evidências crescentes sugerem que, em geral, quanto mais você bebe diariamente, maior a probabilidade de ser diagnosticado com FA. Mesmo pequenas quantidades fazem a diferença. Um estudo que acompanhou pessoas por uma média de 14 anos, descobriu que mesmo uma única bebida por dia – uma taça de vinho, uma cerveja ou uma dose de uísque, gim ou outras bebidas alcoólicas – estava associada a um risco 16% maior de desenvolver FA em comparação com não beber nada.
Nas pessoas que já têm FA, o álcool parece ter um efeito quase instantâneo no ritmo cardíaco, de acordo com um estudo recente. As pessoas no estudo usavam monitores de frequência cardíaca e sensores especiais de tornozelo para medir sua ingestão de álcool. Os pesquisadores descobriram que uma única bebida dobrou as chances de um ataque de FA ocorrer nas próximas quatro horas.
Outro estudo com pessoas com FA, comparou com bebedores moderados e não bebedores e mostrou que os bebedores moderados apresentavam mais evidências de cicatrizes e problemas de sinalização elétrica em seus átrios.
A conclusão é que mesmo pequenas quantidades de álcool podem prejudicar seu coração, e é por isso que evitar o álcool ou limitar-se a uma bebida ocasional em ocasiões especiais pode ser a abordagem mais segura. O uso de álcool está ligado a muitas outras ameaças à saúde, incluindo acidentes de carro, violência, pressão alta e vários tipos de câncer, e os riscos aumentam em conjunto com a quantidade que você bebe.
Embora a FA parece ter um componente genético, o grau de risco adicional para os membros da família de pessoas que têm FA não é totalmente claro. Quanto a outras maneiras de diminuir seu risco pessoal, manter um peso saudável e fazer exercícios regulares pode ajudar.
Fonte: adaptado de artigo do Dr. Deepak L. Bhatt - Editor Chefe do MPH, Harvard Heart Letter. - https://www.health.harvard.edu/heart-health/alcohol-and-atrial-fibrillation
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